Explicação para a turbulência da terça-feira (27/02)
Chega ao fim um dia de extrema tensão nos mercados financeiros internacionais. O dia já começou com sinais de tensão após o ataque terrorista a uma base norte-americana no Afeganistão, cujo alvo era o vice-presidente dos EUA, Dick Cheney. Uma cereja a mais num ambiente já nervoso pelo acirramento de posições entre a ONU e o Irã, que nos últimas dias gerara novas pressões sobre o preço do petróleo.
O gatilho da tensão, entretanto, foi disparado ainda mais ao Oriente. Na China, o anúncio de que o Governo fará um esforço maior para enxugar parte do excesso de liquidez em sua economia, aumentando a rigidez das regras para concessão de crédito, de forma a melhorar a qualidade dos empréstimos concedidos, provocou uma forte evasão de capitais na Bolsa de Shangai. A mensagem que o governo chinês está transmitindo com este anúncio é a de que pretende amenizar seu atual ritmo de crescimento para estendê-lo por mais tempo.
Todo este movimento de "euforia" e aversão a risco ocorre porque a China é a grande estrela na demanda por commodities no mercado internacional. A perspectiva de uma eventual queda de seu ritmo de crescimento econômico - com o menor volume de crédito no país gerando contenção de investimentos - gerou a forte retração, em escala mundial, das ações dependentes das empresas exportadoras de commodities.
A possibilidade de um cenário de maior risco, fez com que os investidores corressem para realizar uma mega-operação global de realização de lucros.
As consequências finais só poderão ser realmente avaliadas dentro de um ou dois dias. Porém, a conjuntura internacional sugere que toda esta turbulência, ainda que forte, seja passageira. Amanhã voltaremos ao assunto, com um pouco mais de molho.
O gatilho da tensão, entretanto, foi disparado ainda mais ao Oriente. Na China, o anúncio de que o Governo fará um esforço maior para enxugar parte do excesso de liquidez em sua economia, aumentando a rigidez das regras para concessão de crédito, de forma a melhorar a qualidade dos empréstimos concedidos, provocou uma forte evasão de capitais na Bolsa de Shangai. A mensagem que o governo chinês está transmitindo com este anúncio é a de que pretende amenizar seu atual ritmo de crescimento para estendê-lo por mais tempo.
Todo este movimento de "euforia" e aversão a risco ocorre porque a China é a grande estrela na demanda por commodities no mercado internacional. A perspectiva de uma eventual queda de seu ritmo de crescimento econômico - com o menor volume de crédito no país gerando contenção de investimentos - gerou a forte retração, em escala mundial, das ações dependentes das empresas exportadoras de commodities.
A possibilidade de um cenário de maior risco, fez com que os investidores corressem para realizar uma mega-operação global de realização de lucros.
As consequências finais só poderão ser realmente avaliadas dentro de um ou dois dias. Porém, a conjuntura internacional sugere que toda esta turbulência, ainda que forte, seja passageira. Amanhã voltaremos ao assunto, com um pouco mais de molho.
