Atenção com a China!
Desde o dia 16 de outubro até ontem, o índice Shangai SE, da Bolsa de Valores da China, sofreu uma queda acumulada de 13,1%. É a maior perda de valor verificada no mercado chinês nos últimos anos. E o detalhe mais importante de todos é: pela primeira vez a forte queda ocorre de forma não induzida pelo governo local. Será este um primeiro sinal de rompimento na bolha bursátil chinesa?
Desde quando estourou a crise dita do “mercado imobiliário” norte-americano, a Bolsa de Xangai se mantinha ascendente. Todos os mercados internacionais sofreram fortes turbulências: EUA, Europa, Japão e todos os seus “satélites”. A China não. Muito pelo contrário.
Enquanto em todos os mercados, a opção de investimento migrou para ativos de menor propensão a risco, o forte crescimento econômico chinês atraiu os investidores que desejavam manter suas carteiras com aplicações de alto retorno. Assim, as ações chinesas aceleraram sua vertente altista.
Mas mesmo antes de estourar a “Bolha Imobiliária” norte-americana, a intensidade com que vinha se valorizando a Bolsa de Xangai já impressionava. O crescimento do Shangai SE em 2006 foi de 125,8%. Em 2007, até 16 de outubro, acumulava-se um crescimento no ano de 140,7%. Isto quer dizer que uma carteira de ações adquirida no início de janeiro de 2006, poderia estar valendo 441,6% a mais. É muita coisa! Em algum momento estes preços necessitarão correção. Tal movimento pode ter recém começado. Quais seriam as conseqüências?
Hoje, as conseqüências da crise no financiamento “subprime” no mercado imobiliário norte-americano já foram em boa parte quantificadas. Os grandes bancos tiveram perdas de bilhões de dólares: Citigroup, JP Morgan Chase, Bank of America Wachovia, Bearn Stearns e BNP Paribas já mostraram números sinalizando a intensidade do golpe. A situação financeira nos EUA demonstrou-se em estado tão delicado que Henry Paulson, o hiper-ativo secretário do Tesouro de George W. Bush, lançou o MLEV - Master Liquidity Enhancement Vehicle -.
Quantificadas as perdas, diminui-se a aptidão de se manter carteiras com aplicações de maior retorno. É necessário se resgatar investimentos para se tapar os buracos deixados no fluxo de caixa. E é, em parte, isto o que está provocando este escape da bolsa de Xangai.
Comparativamente, entre 16 de outubro e 20 de novembro, enquanto a queda do Shangai SE foi de 13,1%, a do Dow Jones, nos EUA, foi de 6,5%. Neste mesmo período também tiveram queda os índices de: Tóquio 11,2%, Londres 5,9%, Paris 4,6% e Frankfurt 4,2%.
Dentro deste game conjuntural novo, a próxima jogada para os mega-investidores internacionais é tentar minimizar as perdas de um eventual derretimento do mercado chinês. A questão é: este movimento, dependendo da escala em que aconteça, pode afetar toda a economia mundial.
Grandes perdas financeiras provocadas por uma desaceleração na Bolsa de Xangai implicariam em alguns pontos percentuais a menos no crescimento no nível de atividade dos demais países. Seria um caso de “hard landing” mundial, com forte impacto sobre os fluxos comerciais internacionais e com um derretimento dos preços das commodities, sobretudo as minerais, causando grandes perdas de arrecadação nos mercados emergentes.
Entretanto, um soft game, ainda é, a princípio, o mais provável, com ciclos pontuais de queda no valor das ações em Xangai. Nesse caso, caminhando para um gradual movimento de correção nos preços de cotação, desinflando a “bolha bursátil chinesa”. Mas será que os especuladores ficarão gradualistas diante de perdas prospectivas?É preciso muita atenção a estes movimentos durante as próximas semanas. A intensidade com que ocorrerá tal ajuste representa uma sutil, porém complexa, distância que separará, nos próximos anos, uma economia mundial saudável de uma conjuntura caótica. As cartas estão na mesa.
Desde quando estourou a crise dita do “mercado imobiliário” norte-americano, a Bolsa de Xangai se mantinha ascendente. Todos os mercados internacionais sofreram fortes turbulências: EUA, Europa, Japão e todos os seus “satélites”. A China não. Muito pelo contrário.
Enquanto em todos os mercados, a opção de investimento migrou para ativos de menor propensão a risco, o forte crescimento econômico chinês atraiu os investidores que desejavam manter suas carteiras com aplicações de alto retorno. Assim, as ações chinesas aceleraram sua vertente altista.
Mas mesmo antes de estourar a “Bolha Imobiliária” norte-americana, a intensidade com que vinha se valorizando a Bolsa de Xangai já impressionava. O crescimento do Shangai SE em 2006 foi de 125,8%. Em 2007, até 16 de outubro, acumulava-se um crescimento no ano de 140,7%. Isto quer dizer que uma carteira de ações adquirida no início de janeiro de 2006, poderia estar valendo 441,6% a mais. É muita coisa! Em algum momento estes preços necessitarão correção. Tal movimento pode ter recém começado. Quais seriam as conseqüências?
Hoje, as conseqüências da crise no financiamento “subprime” no mercado imobiliário norte-americano já foram em boa parte quantificadas. Os grandes bancos tiveram perdas de bilhões de dólares: Citigroup, JP Morgan Chase, Bank of America Wachovia, Bearn Stearns e BNP Paribas já mostraram números sinalizando a intensidade do golpe. A situação financeira nos EUA demonstrou-se em estado tão delicado que Henry Paulson, o hiper-ativo secretário do Tesouro de George W. Bush, lançou o MLEV - Master Liquidity Enhancement Vehicle -.
Quantificadas as perdas, diminui-se a aptidão de se manter carteiras com aplicações de maior retorno. É necessário se resgatar investimentos para se tapar os buracos deixados no fluxo de caixa. E é, em parte, isto o que está provocando este escape da bolsa de Xangai.
Comparativamente, entre 16 de outubro e 20 de novembro, enquanto a queda do Shangai SE foi de 13,1%, a do Dow Jones, nos EUA, foi de 6,5%. Neste mesmo período também tiveram queda os índices de: Tóquio 11,2%, Londres 5,9%, Paris 4,6% e Frankfurt 4,2%.
Dentro deste game conjuntural novo, a próxima jogada para os mega-investidores internacionais é tentar minimizar as perdas de um eventual derretimento do mercado chinês. A questão é: este movimento, dependendo da escala em que aconteça, pode afetar toda a economia mundial.
Grandes perdas financeiras provocadas por uma desaceleração na Bolsa de Xangai implicariam em alguns pontos percentuais a menos no crescimento no nível de atividade dos demais países. Seria um caso de “hard landing” mundial, com forte impacto sobre os fluxos comerciais internacionais e com um derretimento dos preços das commodities, sobretudo as minerais, causando grandes perdas de arrecadação nos mercados emergentes.
Entretanto, um soft game, ainda é, a princípio, o mais provável, com ciclos pontuais de queda no valor das ações em Xangai. Nesse caso, caminhando para um gradual movimento de correção nos preços de cotação, desinflando a “bolha bursátil chinesa”. Mas será que os especuladores ficarão gradualistas diante de perdas prospectivas?É preciso muita atenção a estes movimentos durante as próximas semanas. A intensidade com que ocorrerá tal ajuste representa uma sutil, porém complexa, distância que separará, nos próximos anos, uma economia mundial saudável de uma conjuntura caótica. As cartas estão na mesa.