Expectativas para 2007
A visão para 2007 é otimista, mas com precauções. Há muitas décadas o Brasil não começa uma gestão nova na Presidência da República sob tão baixa vulnerabilidade. A inflação está sob controle, a taxa de juros no nível mais baixo da história recente, não há um problema grave de déficit no balanço de pagamentos, a dívida externa caiu muito, a dívida interna recuou bastante como proporção do PIB e o salário mínimo voltou ao patamar em que se encontrava no final dos anos 70. O Brasil avançou muito na minimização do risco sistêmico de sua economia.
O “colchão de reservas” está cheio. A proporção entre exportações e dívida externa, um dos mais relevantes indicadores de risco soberano, que era de 5 para 1 em 1998, está em 1,2 para 1, patamar mais próximo ao de Chile, México e Rússia, por exemplo, todos três países que já obtiveram o investment grade. A participação de papéis indexados a câmbio na composição de sua dívida mobiliária foi zerada, os indexados à selic estão diminuindo e os prefixados aumentando sua fatia. Por conta do superávit primário, a relação dívida/PIB está perto de romper 50%. Tudo isto é muito bom, e todo este cenário tende a se aprofundar durante 2007, por isso o otimismo. Mas nem tudo são rosas. É um erro grave acreditar que o processo de ajuste macroeconômico já se concluiu e os problemas são coisa do passado. Este processo está ainda na metade do caminho. O quadro fiscal ainda é vulnerável. A inflação ainda pode voltar se o processo de reformas não andar. Se este processo não se concluir, equacionando-se o desarranjo fiscal, os desajustes externo, fiscal, monetário e de preços voltarão a médio prazo. Por isso, o país ainda não saiu da rabeira na escala de risco soberano. Está a dois degraus de obter o investment grade, patamar onde nunca antes havia estado, mas ainda na companhia de países cuja percepção de risco é alta, como Colômbia, Peru e Venezuela.
O “colchão de reservas” está cheio. A proporção entre exportações e dívida externa, um dos mais relevantes indicadores de risco soberano, que era de 5 para 1 em 1998, está em 1,2 para 1, patamar mais próximo ao de Chile, México e Rússia, por exemplo, todos três países que já obtiveram o investment grade. A participação de papéis indexados a câmbio na composição de sua dívida mobiliária foi zerada, os indexados à selic estão diminuindo e os prefixados aumentando sua fatia. Por conta do superávit primário, a relação dívida/PIB está perto de romper 50%. Tudo isto é muito bom, e todo este cenário tende a se aprofundar durante 2007, por isso o otimismo. Mas nem tudo são rosas. É um erro grave acreditar que o processo de ajuste macroeconômico já se concluiu e os problemas são coisa do passado. Este processo está ainda na metade do caminho. O quadro fiscal ainda é vulnerável. A inflação ainda pode voltar se o processo de reformas não andar. Se este processo não se concluir, equacionando-se o desarranjo fiscal, os desajustes externo, fiscal, monetário e de preços voltarão a médio prazo. Por isso, o país ainda não saiu da rabeira na escala de risco soberano. Está a dois degraus de obter o investment grade, patamar onde nunca antes havia estado, mas ainda na companhia de países cuja percepção de risco é alta, como Colômbia, Peru e Venezuela.
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