Corte de 0,5 do Copom era mais do que justificável
Na última ata, divulgada em 27 de julho, referente à reunião de 18 e 19/07, o Comitê de Política Monetária fez a seguinte afirmação: o grau de incerteza no cenário internacional "poderá demandar que a flexibilização adicional da política monetária seja conduzida com maior parcimônia". Naquela ocasião os temores do mercado giravam, sobretudo, em torno da possibiliddade de a taxa de juros norte-americana ser elevada a 5,5% - o que não aconteceu na última reunião do Federal Reserve (8 de agosto) - e, até não parar por aí.
O Federal Reserve não só não elevou a taxa em mais 25 pontos base, como sinalizou na última Minuta, divulgada nesta terça-feira (29/08), que há evidências de que novas elevações dos fed funds significariam um apertado monetário demasiado, sendo os atuais juros de 5,25% ao ano suficientes para equilibrar a economia. Logo, arrefeceu o sinal de incerteza nos mercados internacionais ao qual se referia a 120ª Ata do Copom, portanto não haveria mais a necessidade de uma condução com maior parcimônia.
Todo o restante da última ata descrevia um cenário benigno. E este cenário perdura: queda do IPCA acima da esperada, "baixa probabilidade a um cenário de deterioração significativa nos mercados financeiros internacionais", o crescimento ainda moderado da atividade industrial e a utilização da capacidade instalada inferior à registrada no mesmo período do ano passado. Outro ponto de risco, o preço internacional do petróleo, arrefeceu depois da interrupção do conflito entre Israel e Líbano. Durante a reunião de julho, o preço do petróleo estava oscilando entre US$ 72 e US$ 73 e o Copom considerou que este nível não implicava em risco. Agora o preço do barril está um pouco abaixo dos US$ 72, tendendo mais a romper, para baixo, o nível de US$ 70.
O Federal Reserve não só não elevou a taxa em mais 25 pontos base, como sinalizou na última Minuta, divulgada nesta terça-feira (29/08), que há evidências de que novas elevações dos fed funds significariam um apertado monetário demasiado, sendo os atuais juros de 5,25% ao ano suficientes para equilibrar a economia. Logo, arrefeceu o sinal de incerteza nos mercados internacionais ao qual se referia a 120ª Ata do Copom, portanto não haveria mais a necessidade de uma condução com maior parcimônia.
Todo o restante da última ata descrevia um cenário benigno. E este cenário perdura: queda do IPCA acima da esperada, "baixa probabilidade a um cenário de deterioração significativa nos mercados financeiros internacionais", o crescimento ainda moderado da atividade industrial e a utilização da capacidade instalada inferior à registrada no mesmo período do ano passado. Outro ponto de risco, o preço internacional do petróleo, arrefeceu depois da interrupção do conflito entre Israel e Líbano. Durante a reunião de julho, o preço do petróleo estava oscilando entre US$ 72 e US$ 73 e o Copom considerou que este nível não implicava em risco. Agora o preço do barril está um pouco abaixo dos US$ 72, tendendo mais a romper, para baixo, o nível de US$ 70.
Com o Fed tendo interrompido a sequência de elevações nos juros e com os resultados de inflação nos EUA amenizando o cenário de risco, o fluxo de capitais a mercados emergentes se ascentuará. A tendência de pressão por apreciação cambial gerada por este influxo de capitais tende a reforçar as expectativas de que os preços no atacado acumulem baixas taxas na previsão para 2007, aliviando eventuais fatores de pressão sobre os preços ao consumidor projetados para o próximo ano. Uma mudança no ritmo de corte da Selic faria com que a pressão de valorização cambial fosse muito maior. Para defender a moeda, o BC intensificaria o acúmulo de reservas, o que gera um custo em emissão de nova dívida. Ambos são um efeito indesejado, sendo mais um fator a favor da manutenção do ritmo de cortes de 0,5 ponto.

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